21 de junho de 2013

Dos filhos deste solo...

Pasmem amigos, o Brasil ganhou antes mesmo de entrar em campo contra o México. A cafusa nem precisou rolar pelo tapete verde para a rede balançar. Não foi necessário Neymar e Fred para o grito da arquibancada explodir.
O Brasil já tinha vencido desde segunda-feira, quando a multidão foi a rua protestar, indagar e questionar políticos do nosso país. Foram as manifestações que fizeram o escrete canarinho acordar, na base do grito do povo que reivindica corretamente seus direitos.
Além disso, não precisava nem ter jogo, na hora do hino nacional a torcida que lotou as dependências do Castelão deu show, terminou o hino à capela, emocionou os jogadores, me emocionou.
Quem não se arrepiou com a torcida cantando o hino, ou não sentiu orgulho ao ver o povo indo às ruas em busca dos seus direitos, não é brasileiro. O famoso brado retumbante que geralmente só escutávamos em jogos de futebol, foi entoado nas ruas, praças e redes sociais.
O movimento foi mais importante que um gol em um mundial. Aliás, como o Dr. Sócrates me ensinou uma vez, Copa do Mundo não vale nada, por mais que exista aquela adoração e patriotismo nacional.
Posso estar aqui sendo um burro, mas nunca vi o brasileiro ter tanto orgulho de ser brasileiro. Mas tive a sorte de ver nessa semana, sentir, respirar e ver a história ser escrita. Sei que estão lendo e se perguntando: “Ué, não é um blog sobre futebol?”. Quem disse que não estou falando do velho esporte bretão?
Afinal de contas, o que seria o futebol, se não uma política do pão e circo? Estamos só tentando abrir mão da “Pátria de Chuteiras”, “País do Futebol”, estigmas que nos fazem ser conhecido mundo afora.
Queremos mais mentos, mais povo nas ruas, mais respeito. O verde e amarelo não deve ser pintado só nas arquibancadas, deve ser trajado no dia a dia. Não podemos gritar “Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”, só da boca para fora.
Não podemos esquecer também que o futebol é a maior ferramenta social do país, é a ponte que liga as elites aos humildes. É onde por 90 minutos todo mundo é igual, onde todos xingam o juiz, se abraçam e festejam.
É no futebol que esquecemos a corrupção e a roubalheira do nosso país, mas isso está mudando. Agora o senhor Parreira, profissional que admiro vir falar que futebol e política não se misturam é piada. Chega do dito popular, no qual se fala que futebol e política não se discutem, pois discutimos sim.

Perdemos nosso complexo de vira-latas, a vergonha, a falta de coragem. O gigante acordou e tenho certeza que novamente o brado será retumbante. A seleção brasileira, não tem nada com isso, mas os governantes fujam para as colinas, pois suas cabeças estão sendo caçadas.

1 de maio de 2013

O mito, a lenda...


Falar de Fórmula 1 e não pensar em Ayrton Senna é impossível. O eterno ídolo das pistas vai ficar na memória de várias gerações, essa estrela brilha mais do que as outras. Quem fala que não se emociona, não se lembra de Ayrton quando ouve o famoso tema da vitória não é um legítimo brasileiro. Senna imortalizou a música que toca sempre quando acontece uma vitória brasileira na F-1, não foi feita para ele a música, mas ele foi feito para a música, um completava o outro.

Ayrton sempre foi uma figura mística do circo da F-1, foi o grande ídolo de todos. Em uma época que o Brasil sofria carência de ídolos, surgiu Ayrton Senna, que resgatou o esporte brasileiro, o patriotismo que andava em baixa no país. Ele sempre foi apaixonado por velocidade, corria dentro e fora das pistas.

A vitoriosa história de Ayrton, na maior categoria automobilística do mundo começou a ser traçada no Gp do Brasil de 1984, com a medíocre Toleman ou “patinho feio” como era conhecida a equipe.Não é que Senna fez um dos piores carros andar? Conseguiu resultados expressivos com a equipe Toleman, como o segundo lugar em Mônaco, que se tornaria o quintal de Senna, a pista favorita dele, não é a toa que após uma vitória deu um banho de champagne no príncipe Rainier.

Quem não se recorda das brigas de Senna e Prost? Brigas dignas de se tornarem epopéias gregas, no funeral de Ayrton Senna, Prost fez uma declaração inesquecível.“ Fomos rivais dentro e fora das pistas. E só agora percebo o quanto ele era importante para mim. Metade da minha vida se vai. Ele era o meu parâmetro”, disse o francês. A rivalidade instaurada por Senna e Prost deram um novo sentido para a Fórmula 1, ambos foram os responsáveis pelo o grande sucesso da categoria, ninguém lembra de Senna sem lembrar de Alain Prost. Aliás, foi por causa de um Brasil e França, que Senna imortalizou o gesto de conquistar uma vitória e mostrar a bandeira brasileira, a seleção brasileira de futebol havia perdido nos pênaltis para a França na Copa do Mundo do México em 1986,  a equipe francesa de Senna havia tirado o maior sarro dele. Após sua vitória na mesma semana que o Brasil caíra fora do mundial do México, fez questão de pegar uma bandeira do Brasil e mostrar o amor pelo seu país, nascia aí o tal “marketing” de Senna, que na verdade era patriotismo.

Patriotismo esse que beirava o fanatismo, se considerava um representante do povo brasileiro pelo mundo, por isso tinha a obstinação da vitória, para representar a nação de maneira digna e honrada. Senna era um determinado por natureza, essa determinação foi importante para conquistar o sucesso que teve no automobilismo mundial.

O “Rei da Chuva”, apelido carinhoso que ganhou da imprensa mundial, conquistou sua vitória mais suada no Brasil. Incansáveis vezes escutei histórias do meu pai sobre aquela fantástica corrida de Senna. Em Interlagos, o ídolo corria atrás de seu primeiro triunfo em pistas nacionais, havia feito a pole position e após a largada disparou na dianteira, já no meio da corrida a torcida entusiasmada iniciava a festa, o delírio tomava conta de Autodromo José Carlos Pace. A torcida se espremia na arquibancada bradando como no furor de um gol de placa, um único coro “Senna!”. Mas para a preocupação do povo brasileiro a McLaren de Senna vinha perdendo rendimento, perdia as marchas até ficar somente com a sexta, mesmo assim conseguiu sua primeira vitória no Brasil. Devido ao tamanho esforço físico, Senna teve vários espasmos musculares, ergueu o troféu com uma dificuldade imensa, mas com um prazer enorme.

Engana-se quem pensa que o mito Ayrton Senna surgiu aí, a lenda surgiu no Grand Prêmio que deu o primeiro dos três títulos mundiais para o piloto. Ayrton Senna da Silva largava na Pole Position do Gp do Japão, precisava da vitória para sagrar-se campeão do mundial de 1988, mas logo na largada, ele confundiu as marchas e caiu para 16º lugar. Começou, então, a maior atuação de um piloto na história da F-1. Com muita chuva e num ritmo alucinante, Senna foi ultrapassando seus adversários, até deixar o principal concorrente Alain Prost para trás, era a vitória, o título e a consagração de um mito.
Após três títulos mundiais pela McLaren (1988,1990,1991), Senna decidiu respirar novos ares dentro do circo da fórmula 1.

Era o casamento perfeito para todos, o piloto de melhor calibre com a melhor equipe, casamento de pouco sucesso que duraria apenas três corridas. A ironia colocou Ayrton Senna na Willians em 1994, ironia pois a equipe de Frank Willians foi a primeira escuderia que deu a chance de Senna mostrar quem seria dentro da Fórmula 1 em um teste em 1983 na Inglaterra, onde Senna bateu os recordes da pista e fez tempos melhores que os pilotos titulares da equipe. Ironia por que a Willians se tornaria o primeiro e o último carro que Senna pilotaria na F-1.

“Senna Assassinado”, foi a manchete do diário A Gazeta Esportiva de 2 de maio de 1994, o jornal ainda falava que Senna foi morto pelo regulamento e pela ganância dos dirigentes. Ayrton havia protestado contra a falta de segurança do circuito de Ímola, pois nos treinos de sexta Rubens Barrichello bateu forte e foi hospitalizado e, nos treinos de sábado o acidente com o austríaco Ratzemberg foi fatal. O brasileiro reclamou do perigo eminente da pista, mas o presidente da Federação Internacional de Automobilismo, Max Mosley, mandou Senna se calar.

Era a terceira corrida dele pela equipe Willians, era a terceira pole, mas não havia terminado nenhuma das duas provas anteriores. Há cerca de 300Km/h na sétima volta da corrida então liderada por ele, Senna enterrou na curva Tamburello o coração do povo brasileiro. Após colidir com o muro a barra de direção que a Willians havia soldado não resistiu ao impacto e atravessou o capacete do piloto,o socorro demorou 1h40min para chegar, o quadro clínico de Senna era irreversível pois ele havia perdido massa encefálica, o laudo médico declara  a morte do piloto ainda na pista, antes de ser removido ao hospital.

Senna morreu há dezenove anos, no entanto sua memória continua viva, não só pelo seu talento ao volante, mas pelo exemplo que deixou de humildade, dedicação e integridade para todos brasileiros.
Mesmo a nova geração brasileira nunca ter visto Ayrton Senna correr, se imagina e se inveja de não ter vivido a nostálgica época da Fórmula 1, em que a nação brasileira acordava nas manhãs de domingo pra vê-lo nas pistas. Depois da morte de Senna muitas pessoas deixaram de assistir a F-1, o famoso tema da vitória como já foi posto não tem mais tanto encanto, mas a música é como a camisa dez da seleção brasileira de futebol, não pode ser aposentada pois não vamos poder ver outros bons pilotos vencerem ao som dela.

Como Émerson Fittipaldi disse no funeral de Senna: “Nem o Brasil sabia que amava tanto Ayrton Senna.” Mesmo tanto tempo depois, Senna continua vivo na memória do povo brasileiro, seus feitos são passados de geração em geração, é como se ele estivesse em um relicário que a nação brasileira leva consigo para todos os lugares. O ídolo, o mito, a lenda, nunca há de morrer...











11 de dezembro de 2012

Amém, Marcos!


Se Nelson Rodrigues fosse vivo e tivesse visto o São Marcos jogar, teria produzido mil crônicas para exaltar o craque. Como não imortalizar uma pessoa como Marcos? Um goleiro que deu a vida pelo clube de coração, o jogador que não tinha medo das palavras nas coletivas de imprensa, um ser humano que emociona todos com suas palavras.

Depois do dia de hoje (12/12/12) no dicionário do futebol tem que existir uma foto do Marcos ao lado do significado de amor à camisa. Além disso, um jogador que virou ídolo não só dos palmeirenses, mas do Brasil todo. Devido a sua simplicidade conquistou todas as pessoas, virou mito de todos os torcedores, fez quem não gosta de futebol se emocionar com sua história.

Marcão também emocionou o mundo, mostrando sua força de vontade de permanecer no futebol e lutar contra várias lesões. Jogou uma série B e fez seu time voltar com méritos para a divisão de elite do futebol nacional, tudo isso um ano após erguer no Japão a taça da Copa do Mundo.

Em apenas 23 anos de vida pude ver muitos craques desfilando seus talentos em gramados pelo mundo, mas nunca vi nenhum se aproximar do São Marcos. Nunca teremos um novo Marcos no futebol nacional, por isso hoje, dia 12/12/12 é o dia de canonizar o São Marcos e imortalizar ele na história do futebol mundial, amém e obrigado Marcos por todas as emoções que proporcionou aos amantes desse esporte apaixonante chamado futebol.

30 de agosto de 2012

Nelson e o ato futebolístico

"Em futebol, o pior cego é o que só vê a bola. A mais sórdida pelada é de uma complexidade shakesperiana. Às vezes, num córner bem ou mal batido, há um toque evidentíssimo do sobrenatural"O meu personagem de hoje é Nelson Rodrigues, ninguém descrevia uma pugna como ele, por isso sua escolha, afinal de contas a frase de sua autoria que comecei esse texto já diz tudo.

Quase cego,Nelson mal conseguia de longe diferenciar banana de maça, quem dirá acompanhar nos mínimos detalhes os jogos no Maracanã ou Estádio Mario Filho como descrevia em suas crônicas. O Maraca deixa os espectadores há anos luz de distância do gramado, Nelson necessitava que alguém assoprasse em seus ouvidos os lances, porém nunca na história futebolística nacional alguém conseguiu descrever tão fielmente uma pelada.

A famosa frase já citada, do nosso anjo pornográfico diz a mais pura verdade, seja num atletiba ou arranca-toco, as intensidades do jogo são as mesmas, basta alguém que consiga descrevê-las. E Nelson fazia isso como ninguém, tinha uma ótica privilegiada. Seu olhar metafórico percorria o campo pedaço por pedaço de grama. Todo santo domingo se dirigia ao ex-maracanã para acompanhar os anjos e demônios que iria descrever mais tarde em suas crônicas, as quais que possuem vida própria, não perdem o charme, são atemporais. Sua escrita tinha de tudo um pouco, havia poesia e drama, romance e ação. Ele nos mostrou que no estádio não podemos nos atrelar somente ao jogo em si. O lado arte do futebol, da beleza, cultura, aquele ponto que poucos enxergam, o momento mítico de um certame, isso Nelson descrevia de um modo que alçava a condição de deuses os participantes do espetáculo. Pois de fato, como o anjo pornográfico poderia dizer, não existe no mundo do futebol craques com a polidez que os nossos possuem.

Até hoje vivemos a inferioridade nacional perante ao resto do mundo, que Nelson Rodrigues intitulava ser nosso “Complexo de vira-latas”. Só os bobos, os tapados não concordam com essa realidade. Um triunfo sem show, apoteose é só uma mera partida hoje em dia, mas se tivéssemos Nelson’s espalhados pelas redações Brasil a fora, um jogo como Combate Barreirinha e Novo Mundo ganharia contornos épicos, pois Nelson não dava a mínima para frígida aritmética do esporte bretão. Não faltaria a mulher bonita, muito menos as grã -finas das narinas de cadáver.

Amigos, eu considero um pobre diabo o brasileiro que nunca leu uma crônica do menino que via o amor pelo buraco da fechadura. O belo, o patético é que ninguém nunca se esquece das palavras que leu.Um escrete nunca mais é o mesmo após ser retratado pelas dignas palavras de Nelson. Como diria ele, é chato ser brasileiro, ser pentacampeão, é chato não ter os ídolos do tetra e do penta retratados e imortalizados por suas palavras.

Nenhuma seleção canarinho vai ser tão bem falada como as que Nelson descreveu, acompanhou, presenciou, imortalizou. Amigos, não sei se sabem, mas o sublime cronista fascina a mulher  que sempre esteve presente em seus textos. “Nem toda mulher gosta de apanhar, só as normais”, dizia o grande Nelson. Se formos falar em festa do futebol, do jornalismo, das crônicas, temos que impreterivelmente falar de Nelson Rodrigues.

Ele que sempre se dizia um anjo pornográfico, o menino com olhos ávidos que via o amor pelo buraco da fechadura, podemos dizer que nós, simples mortais, vemos a graça do velho esporte bretão através de seus textos imortais. Pois se Vinicius não consegui com seu soneto definir o amor, Nelson com suas crônicas definiu o amor pelo futebol.

4 de julho de 2012

América, finalmente!


O dia 4 de julho de 2012 vai ficar marcado na história do futebol brasileiro. O dia que será lembrado pelo fim das gozações, das piadas envolvendo o time do Corinthians e a Libertadores da América. O alvinegro do Parque São Jorge conseguiu levantar a taça mais importante do continente, finalmente ganhou a América.

Não foi só uma simples conquista da Libertadores, os alvinegros levantaram o caneco após uma atuação impecável no certame, terminando de forma invicta. Sem contar as equipes que foram superadas pelo clube paulista, o que acaba valorizando ainda mais o título. O Corinthians passou nas quartas-de-final por um Vasco da Gama fortíssimo, depois enfrentou na semi a equipe do Santos tricampeã do torneio e na grande final o temido Boca Juniors, liderado pelo papa Libertadores Riquelme.

Muitos criticaram o modo de atuar do “Timão”, inclusive eu, que sou adepto do futebol arte, mas o pragmático Corinthians também encantou. Nos duelos contra os times brasileiros a vitória saiu nos detalhes, detalhes esses que fazem uma equipe campeã. Na final contra o Boca Juniors não sentiu a pressão do místico La Bombonera, jogou de igual pra igual, contou com a estrela de Romarinho.

No Pacaembu a torcida fez uma festa digna, empolgou o time, vibrou com a falha da zaga do Boca, com o passe de letra do Danilo e o gol do Emerson. A torcida explodiu de emoção com o gol, foi vibrante. Depois arrancou com Emerson após o erro do zagueiro argentino, arrancou junto até a bola balançar o barbante e o Emerson Sheik - o iluminado da noite, se consagrar na história corinthiana. Com dois tentos de vantagem no placar o Corinthians colocava as duas mãos na taça, só esperando o apito final para finalmente erguer o troféu e conquistar a tão sonhada Libertadores. A América é do Corinthians, finalmente.

8 de maio de 2012

Amor igual não existe

Não me lembro com riqueza de detalhes como foi nosso primeiro encontro, só sei que logo de cara foi paixão.No caminho me apresentaram outros possíveis amores, assumo que cheguei a ficar dividido, mas o primeiro amor prevaleceu. Era aquele típico romance de criança, lembro bem como os amigos tiravam com minha cara, meu amor não tinha tanta beleza, não encantava tanto.

 Houve um período difícil, nos separamos, fui morar em Porto Alegre. Lá tive um caso, e a sorte do meu grande amor ir me ver. Foi inesquecível aquele encontro na noite fria gaúcha, a beira do rio Guaíba. No ano seguinte me mudei para Curitiba, ficamos mais perto, porém só fomos nos ver rapidamente em 1999. De novo um dia frio marcou nosso encontro.

 Ficamos um bom tempo sem contato, até que em 2002 nosso amor renasceu, nossa paixão reacendeu de tal forma, que voltei a ser aquele menino, que sai pedalando pelas ruas de felicidades depois de um beijo. No ano seguinte vivemos nossa maior desilusão, era mais uma noite fria, dessa vez em Buenos Aires, sempre soube que a decepção daquele dia um dia ia passar. Mas a dor deixou uma profunda marca no coração.

 Oito anos depois a chance de acabar com aquela dor surgiu. Porém as cinzas de um vulcão impediram que eu fosse ao seu encontro em Montevidéu. Uma semana depois nos encontramos em São Paulo, foi amor como nunca havia sido, alegria, superamos a tristeza de 2003.

Cheguei a conclusão, as vésperas de um novo encontro, que não existe amor maior que esse. Só posso agradecer ao pai, que me apresentou esse amor eterno, amor que é assim: Preto no branco. É aquele 1+1=1. Posso dizer que a maior declaração de amor que posso fazer é dizer: Santos Futebol Clube, o amor que guardo por ti é tão grande quanto suas glórias.

24 de abril de 2012

É por isso que é o esporte mais popular do mundo

O pragmático ganhou da arte mais uma vez. Fez história, surpreendeu o mundo. Calou um estádio, humilhou o melhor do mundo. Muitos perguntam, qual a graça de ver 22 homens correndo atrás de uma bola, eu digo: A graça é o que vimos hoje, o todo poderoso Barcelona, perder diante da sua torcida. Quando falam que futebol é uma caixinha de surpresas, podemos achar que não, mas esses momentos nos afirmam que o futebol é inexplicável.

Não foi a primeira vez, não vai ser a última que o melhor futebol, aquele que mais encanta vai perder.A mágica seleção da Hungria da Copa de 54 é um exemplo de um time que encantou e não levou o caneco. O famoso carrosel holandês da Copa de 74 é outro. Sem contar que para a tristeza nacional podemos citar aquela que para muitos foi a melhor seleção brasileira depois da de 70, a equipe comandada pelo mestre Telê Santana encantou a Via Láctea mas não levou a Copa de 82.

 Enquanto vemos a galera descendo a lenha, alguns até se indagando se o encanto do Barça acabou, posso afirmar com plena certeza que não. O encanto pode se perder com o passar do tempo, assim como o encanto com sua namorada pode acabar. Mas aquela arte vai ficar para sempre nos nossos pensamentos, o futebol do Barcelona nunca vai ser esquecido. Não é uma derrota numa semi-final que vai atordoar Messi e companhia, isso vai servir como lição, assim como aconteceu há dois anos atrás quando em situação parecida foi eliminado na semi-final do mesmo torneio.

 Agora quer saber o motivo do futebol ser tão apaixonante? É simples, fácil, objetivo e direto. Ele encanta os nossos olhos com momentos de prazer, êxtase que não podemos encontrar em outro lugar. Vivemos em apenas 90 minutos um misto de sensações que não podem ser encontradas em nenhum lugar, amamos, odiamos, brigamos, gritamos, ficamos com um nível intenso de adrenalina, isso é o futebol. Por isso que sempre que o juiz apita e a bola rola, o mundo para ao nosso redor.