26 de setembro de 2011

Dossiê 2014 - Corrupção, interesses e a Copa no Brasil

Era uma segunda feira, 30 de julho de 2007. O nome que o presidente da FIFA Joseph Blatter iria tirar do envelope, todos já sabiam qual seria, mas a apreensão, o nervosismo era grande. Exclamando “Brasil!” o presidente da FIFA iniciava mais uma jornada de corrupção envolvendo uma Copa do Mundo.
Na ocasião, Luís Inácio Lula da Silva então presidente da república e Ricardo Teixeira presidente da CBF, deram garantias de que os estádios seriam construídos todos com dinheiro da iniciativa privada, mera ilusão.

Depois de toda a festa, os executivos brasileiros colocaram a mão na massa, e escolheram a dedo as 12 cidades que vão receber os jogos da Copa, incrível ou não, cidades com estádios prontos ficaram de fora, caso de Belém do Pará que tem o magnífico estádio do Mangueirão.

A partir da escolha das sub-sedes uma pergunta rondou a cabeça de grande parte da população, vários estádios seriam construídos só para a Copa, gastos exagerados para receber dois ou no máximo três jogos. Estamos criando elefantes brancos, praças esportivas que não vão ter utilidade após o mundial, como o estádio que está sendo construído em Manaus por exemplo.

Explicar o motivo de termos sido eleitos sede da Copa é fácil. Pode explicaR 2014 colocando no mesmo pacote as sedes de 2018 e 2022 que já foram escolhidas pela FIFA. Em 2018 teremos o mundial na incrível Rússia e 2022 no Catar um país com “grandes laços futebolísticos”. A justificativa da FIFA foi que assim estará popularizando o futebol. Ela que popularizar ainda mais o esporte mais popular do mundo, vai entender.

A minha explicação para nossa Copa é a seguinte, é muito mais fácil ganhar dinheiro em países emergentes, é muito mais fácil erguer super estádios em países propensos à corrupção. É muito mais fácil erguer um estádio do chão como o “Itaquerão”, do que reformar o Morumbi, afinal de contas 1,5 bi de um estádio saindo do zero em um país como o Brasil não é nada.

Se a Copa extrapolar o valor inicial como aconteceu com o PAN do Rio em 2007 o povo brasileiro vai sofre e muito, no jogos do Rio o gasto inicial seria de R$380 milhões, só que passou um pouquinho desse valor, acabou sendo gasto R$ 4,6 bilhões, 13 vezes mais do que o orçamento inicial.

O jornalista escocês Andrew Jennings é o principal inimigo dos dirigentes esportivos internacionais, segundo ele “Poucos fãs fora do Brasil não reconheceriam Teixeira, aqueles que conhecem veem um homem que enriqueceu explorando o futebol brasileiro” discorre o jornalista. O presidente da CBF, esta mal visto na Europa desde o relatório Dias de 2001, elaborado pelo Senador Álvaro Dias durante a CPI do futebol.

Tetra campeão mundial pela seleção, o hoje deputado Federal Romário,fez uma entrevista com o jornalista Andrew Jennings, afim de investigar possíveis desvios e corrupções nas obras da Copa no Brasil. Romário afirmou que após a entrevista percebeu que a Copa no Brasil não passou de um presente de Blatter para Ricardo Teixeira continuar fiel ao mandatário da FIFA.

A corja: Joseph Blatter, Ricardo Teixeira e João Havelange vai lucrar muito com a Copa 2014, isso se tivermos Copa, pois muitas sedes não estão no prazo, salvo Minas e Bahia. Nossa querida Curitiba, por exemplo, nem começou a preparar o estádio.

Definitivamente a Copa de 2014 vai seguir o slogan do governo: Brasil um país de todos!