11 de dezembro de 2012

Amém, Marcos!


Se Nelson Rodrigues fosse vivo e tivesse visto o São Marcos jogar, teria produzido mil crônicas para exaltar o craque. Como não imortalizar uma pessoa como Marcos? Um goleiro que deu a vida pelo clube de coração, o jogador que não tinha medo das palavras nas coletivas de imprensa, um ser humano que emociona todos com suas palavras.

Depois do dia de hoje (12/12/12) no dicionário do futebol tem que existir uma foto do Marcos ao lado do significado de amor à camisa. Além disso, um jogador que virou ídolo não só dos palmeirenses, mas do Brasil todo. Devido a sua simplicidade conquistou todas as pessoas, virou mito de todos os torcedores, fez quem não gosta de futebol se emocionar com sua história.

Marcão também emocionou o mundo, mostrando sua força de vontade de permanecer no futebol e lutar contra várias lesões. Jogou uma série B e fez seu time voltar com méritos para a divisão de elite do futebol nacional, tudo isso um ano após erguer no Japão a taça da Copa do Mundo.

Em apenas 23 anos de vida pude ver muitos craques desfilando seus talentos em gramados pelo mundo, mas nunca vi nenhum se aproximar do São Marcos. Nunca teremos um novo Marcos no futebol nacional, por isso hoje, dia 12/12/12 é o dia de canonizar o São Marcos e imortalizar ele na história do futebol mundial, amém e obrigado Marcos por todas as emoções que proporcionou aos amantes desse esporte apaixonante chamado futebol.

30 de agosto de 2012

Nelson e o ato futebolístico

"Em futebol, o pior cego é o que só vê a bola. A mais sórdida pelada é de uma complexidade shakesperiana. Às vezes, num córner bem ou mal batido, há um toque evidentíssimo do sobrenatural"O meu personagem de hoje é Nelson Rodrigues, ninguém descrevia uma pugna como ele, por isso sua escolha, afinal de contas a frase de sua autoria que comecei esse texto já diz tudo.

Quase cego,Nelson mal conseguia de longe diferenciar banana de maça, quem dirá acompanhar nos mínimos detalhes os jogos no Maracanã ou Estádio Mario Filho como descrevia em suas crônicas. O Maraca deixa os espectadores há anos luz de distância do gramado, Nelson necessitava que alguém assoprasse em seus ouvidos os lances, porém nunca na história futebolística nacional alguém conseguiu descrever tão fielmente uma pelada.

A famosa frase já citada, do nosso anjo pornográfico diz a mais pura verdade, seja num atletiba ou arranca-toco, as intensidades do jogo são as mesmas, basta alguém que consiga descrevê-las. E Nelson fazia isso como ninguém, tinha uma ótica privilegiada. Seu olhar metafórico percorria o campo pedaço por pedaço de grama. Todo santo domingo se dirigia ao ex-maracanã para acompanhar os anjos e demônios que iria descrever mais tarde em suas crônicas, as quais que possuem vida própria, não perdem o charme, são atemporais. Sua escrita tinha de tudo um pouco, havia poesia e drama, romance e ação. Ele nos mostrou que no estádio não podemos nos atrelar somente ao jogo em si. O lado arte do futebol, da beleza, cultura, aquele ponto que poucos enxergam, o momento mítico de um certame, isso Nelson descrevia de um modo que alçava a condição de deuses os participantes do espetáculo. Pois de fato, como o anjo pornográfico poderia dizer, não existe no mundo do futebol craques com a polidez que os nossos possuem.

Até hoje vivemos a inferioridade nacional perante ao resto do mundo, que Nelson Rodrigues intitulava ser nosso “Complexo de vira-latas”. Só os bobos, os tapados não concordam com essa realidade. Um triunfo sem show, apoteose é só uma mera partida hoje em dia, mas se tivéssemos Nelson’s espalhados pelas redações Brasil a fora, um jogo como Combate Barreirinha e Novo Mundo ganharia contornos épicos, pois Nelson não dava a mínima para frígida aritmética do esporte bretão. Não faltaria a mulher bonita, muito menos as grã -finas das narinas de cadáver.

Amigos, eu considero um pobre diabo o brasileiro que nunca leu uma crônica do menino que via o amor pelo buraco da fechadura. O belo, o patético é que ninguém nunca se esquece das palavras que leu.Um escrete nunca mais é o mesmo após ser retratado pelas dignas palavras de Nelson. Como diria ele, é chato ser brasileiro, ser pentacampeão, é chato não ter os ídolos do tetra e do penta retratados e imortalizados por suas palavras.

Nenhuma seleção canarinho vai ser tão bem falada como as que Nelson descreveu, acompanhou, presenciou, imortalizou. Amigos, não sei se sabem, mas o sublime cronista fascina a mulher  que sempre esteve presente em seus textos. “Nem toda mulher gosta de apanhar, só as normais”, dizia o grande Nelson. Se formos falar em festa do futebol, do jornalismo, das crônicas, temos que impreterivelmente falar de Nelson Rodrigues.

Ele que sempre se dizia um anjo pornográfico, o menino com olhos ávidos que via o amor pelo buraco da fechadura, podemos dizer que nós, simples mortais, vemos a graça do velho esporte bretão através de seus textos imortais. Pois se Vinicius não consegui com seu soneto definir o amor, Nelson com suas crônicas definiu o amor pelo futebol.

4 de julho de 2012

América, finalmente!


O dia 4 de julho de 2012 vai ficar marcado na história do futebol brasileiro. O dia que será lembrado pelo fim das gozações, das piadas envolvendo o time do Corinthians e a Libertadores da América. O alvinegro do Parque São Jorge conseguiu levantar a taça mais importante do continente, finalmente ganhou a América.

Não foi só uma simples conquista da Libertadores, os alvinegros levantaram o caneco após uma atuação impecável no certame, terminando de forma invicta. Sem contar as equipes que foram superadas pelo clube paulista, o que acaba valorizando ainda mais o título. O Corinthians passou nas quartas-de-final por um Vasco da Gama fortíssimo, depois enfrentou na semi a equipe do Santos tricampeã do torneio e na grande final o temido Boca Juniors, liderado pelo papa Libertadores Riquelme.

Muitos criticaram o modo de atuar do “Timão”, inclusive eu, que sou adepto do futebol arte, mas o pragmático Corinthians também encantou. Nos duelos contra os times brasileiros a vitória saiu nos detalhes, detalhes esses que fazem uma equipe campeã. Na final contra o Boca Juniors não sentiu a pressão do místico La Bombonera, jogou de igual pra igual, contou com a estrela de Romarinho.

No Pacaembu a torcida fez uma festa digna, empolgou o time, vibrou com a falha da zaga do Boca, com o passe de letra do Danilo e o gol do Emerson. A torcida explodiu de emoção com o gol, foi vibrante. Depois arrancou com Emerson após o erro do zagueiro argentino, arrancou junto até a bola balançar o barbante e o Emerson Sheik - o iluminado da noite, se consagrar na história corinthiana. Com dois tentos de vantagem no placar o Corinthians colocava as duas mãos na taça, só esperando o apito final para finalmente erguer o troféu e conquistar a tão sonhada Libertadores. A América é do Corinthians, finalmente.

8 de maio de 2012

Amor igual não existe

Não me lembro com riqueza de detalhes como foi nosso primeiro encontro, só sei que logo de cara foi paixão.No caminho me apresentaram outros possíveis amores, assumo que cheguei a ficar dividido, mas o primeiro amor prevaleceu. Era aquele típico romance de criança, lembro bem como os amigos tiravam com minha cara, meu amor não tinha tanta beleza, não encantava tanto.

 Houve um período difícil, nos separamos, fui morar em Porto Alegre. Lá tive um caso, e a sorte do meu grande amor ir me ver. Foi inesquecível aquele encontro na noite fria gaúcha, a beira do rio Guaíba. No ano seguinte me mudei para Curitiba, ficamos mais perto, porém só fomos nos ver rapidamente em 1999. De novo um dia frio marcou nosso encontro.

 Ficamos um bom tempo sem contato, até que em 2002 nosso amor renasceu, nossa paixão reacendeu de tal forma, que voltei a ser aquele menino, que sai pedalando pelas ruas de felicidades depois de um beijo. No ano seguinte vivemos nossa maior desilusão, era mais uma noite fria, dessa vez em Buenos Aires, sempre soube que a decepção daquele dia um dia ia passar. Mas a dor deixou uma profunda marca no coração.

 Oito anos depois a chance de acabar com aquela dor surgiu. Porém as cinzas de um vulcão impediram que eu fosse ao seu encontro em Montevidéu. Uma semana depois nos encontramos em São Paulo, foi amor como nunca havia sido, alegria, superamos a tristeza de 2003.

Cheguei a conclusão, as vésperas de um novo encontro, que não existe amor maior que esse. Só posso agradecer ao pai, que me apresentou esse amor eterno, amor que é assim: Preto no branco. É aquele 1+1=1. Posso dizer que a maior declaração de amor que posso fazer é dizer: Santos Futebol Clube, o amor que guardo por ti é tão grande quanto suas glórias.

24 de abril de 2012

É por isso que é o esporte mais popular do mundo

O pragmático ganhou da arte mais uma vez. Fez história, surpreendeu o mundo. Calou um estádio, humilhou o melhor do mundo. Muitos perguntam, qual a graça de ver 22 homens correndo atrás de uma bola, eu digo: A graça é o que vimos hoje, o todo poderoso Barcelona, perder diante da sua torcida. Quando falam que futebol é uma caixinha de surpresas, podemos achar que não, mas esses momentos nos afirmam que o futebol é inexplicável.

Não foi a primeira vez, não vai ser a última que o melhor futebol, aquele que mais encanta vai perder.A mágica seleção da Hungria da Copa de 54 é um exemplo de um time que encantou e não levou o caneco. O famoso carrosel holandês da Copa de 74 é outro. Sem contar que para a tristeza nacional podemos citar aquela que para muitos foi a melhor seleção brasileira depois da de 70, a equipe comandada pelo mestre Telê Santana encantou a Via Láctea mas não levou a Copa de 82.

 Enquanto vemos a galera descendo a lenha, alguns até se indagando se o encanto do Barça acabou, posso afirmar com plena certeza que não. O encanto pode se perder com o passar do tempo, assim como o encanto com sua namorada pode acabar. Mas aquela arte vai ficar para sempre nos nossos pensamentos, o futebol do Barcelona nunca vai ser esquecido. Não é uma derrota numa semi-final que vai atordoar Messi e companhia, isso vai servir como lição, assim como aconteceu há dois anos atrás quando em situação parecida foi eliminado na semi-final do mesmo torneio.

 Agora quer saber o motivo do futebol ser tão apaixonante? É simples, fácil, objetivo e direto. Ele encanta os nossos olhos com momentos de prazer, êxtase que não podemos encontrar em outro lugar. Vivemos em apenas 90 minutos um misto de sensações que não podem ser encontradas em nenhum lugar, amamos, odiamos, brigamos, gritamos, ficamos com um nível intenso de adrenalina, isso é o futebol. Por isso que sempre que o juiz apita e a bola rola, o mundo para ao nosso redor.

9 de abril de 2012

Quatro gerações, uma paixão e a estreia do novo ídolo

Era um sábado de manhã, saímos de Curitiba rumo a Santo André a fim de passar o domingo no aniversário da avó. Chegando à grande São Paulo, escutamos no rádio uma matéria sobre o jogo. O menino Neymar estaria no banco. Eu tentava convencer meu pai a me levar ao Pacaembu para ver o que teoricamente seria um simples jogo do Santos contra o Oeste.

Já na casa da minha vó, depois de conseguir convencer meu pai, foi a vez de chamar meu avô para ir ao estádio. Resultado: fomos os quatro. Eu, meu irmão, meu pai e meu avô compramos os ingressos para a partida após enfrentarmos a fila gigantesca do estádio Bruno José Daniel, em Santo André, que era um dos pontos de vendas dos ingressos.

Almocei radiante, contente, ia conhecer o Pacaembu, ia ver meu time jogar, pela primeira vez iria ao estádio ver um jogo do Santos na companhia das três pessoas que sempre sofrem comigo vendo o santástico pela TV.

Estacionamos o carro longe do estádio, tivemos que enfrentar uma descida monstruosa, meu avô lá, firme e forte, apesar do problema de coração. Já chegando perto do Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, escutamos o som da torcida. Aquele barulho empolgante, animador, e meu coração batendo no ritmo. “Ô, Ô, Ô, vamos vencer, Santooos”.

Já dentro do Pacaembu, nos ajeitamos em um lugar privilegiado atrás do gol, estava encantado com a beleza do estádio, meu vô me enchia de histórias do jogo Santos x Bahia que ele viu na década de 60 no mesmo Pacaembu, quando a tal concha acústica ainda existia onde hoje é o tobogã do estádio. Viajei no tempo, me imaginei em 60 junto com meu vô vendo aquele time mágico do Santos. Ele viu Pelé jogar, quer mais o que? Me perguntei no momento.

Meu avô, Sr. Antonio Alves, estava feliz. Ele não falou, mas eu via no rosto dele a felicidade de estar entre os netos e o filho vendo um jogo do Santos. A Torcida Jovem cantava, o Santos jogava de listrado, o estádio era todo nosso. O jogo era tenso, o Santos errava muitos passes, o lateral esquerdo, Triguinho, era vaiado pela torcida, o meio campo, Molina, não encantava. Era só mais um jogo.

Os reservas foram para o aquecimento e ficaram atrás do gol – perto de onde estávamos vendo o jogo. O canto mudou, a torcida começou a gritar “Neymar, Neymar, Neymar!”. Assumo que já tinha ouvido várias histórias sobre o menino, já o tinha visto jogar um daqueles jogos de fim de ano que os jogadores promovem apenas por diversão.

Eis que o técnico Wagner Mancini aponta, chama o garoto Neymar para entrar e o estádio vem abaixo. Neymar, surpreso, apontou para ele mesmo, recebeu o sinal de positivo, olhou para a torcida, saiu em disparada correndo e tirando o colete... Ele ia estrear. Eu ia presenciar um novo craque surgir.

Foi como se eu estivesse num momento histórico. Assinando, sei lá, o documento de abolição da escravatura ou vendo Dom Pedro exclamar “Independência ou morte”. Estava vendo a história ser escrita, vi Neymar pisar pela primeira vez no gramado como profissional. Vi ele com apenas dois minutos em campo acertar o travessão, dar um passe para Roni marcar um gol. Vi o Santos fazer outro, tomar um. Dane-se, eu vi o Neymar estrear.

O juiz apitou o fim da partida, meu avô estava comemorando ao meu lado, meu irmão do outro, meu pai olhando para nós. Segurei-me para não chorar. Foi muita felicidade para apenas 90 minutos de jogo, foi emoção demais em uma simples partida de futebol. Mas não foi um simples jogo, foi o primeiro jogo do Santos que vi no estádio na companhia da família, foi a estreia do Neymar. Quer sorte maior? Nem a subida monstruosa tirou nossa alegria. Vídeo, fotos e lembranças daquele dia serão eternos, assim como o amor de quatro gerações. Amor, no futebol, é coisa hereditária: passa de pai pra filho.

23 de março de 2012

O dia que conheci um gigante



Era para ser mais uma manhã qualquer de sábado, isso se eu estivesse no Brasil. Estava em Buenos Aires, capital da Argentina, terra do Tango, alfajor e roupas baratas. Um banho rápido, pois era o dia que havia esperado por muito tempo.

Saio do hotel apressado para não perder o ônibus do city tour, não me interessava Casa Rosada, Puerto Madero ou qualquer outro monumento da querida e prazerosa Buenos Aires. Meu foco era um só: La Bombonera.

Eis que o ônibus entra em umas ruas estreitas e do nada o monstruoso estádio se faz presente ao alcance dos meu olhos. Não acreditava no que estava vendo, era verdade, não estava sonhando, o La Bombonera estava ao meu alcance. Mas a ficha ainda não tinha caído.

Desço do ônibus e vou até a bilheteria comprar meu ingresso para visitar o místico estádio. Logo na entrada me deparo com uma estátua de Dom Diego Armando Maradona, tiro a clássica foto fazendo sinal de negativo. Aí já me perguntaram: Torce para que time no Brasil? Com o peito estufado digo: Santos!Os funcionários da loja me olharam e disseram: O time do Neymar e do Ganso. Eu como bom brasileiro respondi: Não é o time do Pelé.

Fui me dirigindo até a arquibancada do estádio, assumo que meu coração começou a bater mais forte, estava realizando um sonho. Quando subi as escadas e me deparei com a monstruosidade do estádio fiquei pasmo. Nunca havia entrado num campo de futebol tão bonito. Eu estava ali, a poucos passos do gramado, no nível do campo.

Sentei na arquibancada e fiquei ali, observando-o por uns 10 minutos, o tempo parou naquele momento para mim. Lembrei dos jogos lotados que via pela televisão. Recordei que meu Santos foi o primeiro time a bater o Boca Juniors dentro do La Bombonera, olhei ao meu redor e pensei: Amanhã tem Boca x River aqui, esse estádio não vai estar tão silencioso, vai estar lotado.

Antes de sair do estádio passei pela loja de compras, não pude sair de lá sem um cachecol do Boca, quando coloquei os pés novamente na rua e olhei as ruas apertadas e o gigantesco estádio no meio, lembrei da Vila Belmiro, são bem parecidos nesse aspecto. O dia estava só começando, muita coisa ainda ia acontecer para eu guardar no baú das minhas recordações. Mas aquela passeio por terras portenhas podia acabar ali mesmo, já tinha realizado meu sonho de criança de conhecer a caixinha de bombons do Boca Juniors.

7 de março de 2012

Um craque sem pátria



Lá vem ele, de novo ele. É craque. Todos admiram, seja preto, branco, asiático, índio, corinthiano, palmeirense, brasileiro ou argentino. No estádio todos ficam de pé, aplaudem, o ídolo, gênio, o melhor do mundo.

Quem diria que poderíamos ver um jogador completo. Se nossos avós, podem falar que viram Pelé jogar. Nossos pais que viram Maradona. Vamos poder falar para nossos filho e netos que vimos o Messi. O que ele faz com a bola nos pés, nunca vi ninguém fazer. Dizem que futebol é momento, que momento o dele!

Nem nos jogadores criados no vídeo-game conseguimos imitar a arte, classe, desespero, que o camisa 10 do Barça joga. Desde pequeno no Barcelona, prata da casa, intimidade espanhola, se sente um estranho no ninho quando joga na Argentina. Talvez por isso não vemos, com sangue Hermano, catimba e ódio dos jogadores vindos da terra do tango.

O argentino mais querido do mundo. Entorta adversário, ilude a platéia com seus lances antológicos, seu passes precisos, arrancadas sufocantes. Gols de placa, de letra, de cabeça, GOL! No time dos sonhos ele joga. Joga no meu, no seu, quem não gostaria de ter Messi carregando a bola com a camisa do seu time, com aquela canhota alucinante?

Ele é um craque sem pátria. Adorado por todos, pelo mundo. Os deuses do futebol aplaudem, reverenciam o maior jogador que meus olhos já puderam ver em ação. Desculpe Ronaldo, Zidane, Beckham. Mas o Messi, com aquele tamanho de pulga é maior que todos vocês.

2 de março de 2012

Podemos aguentar outro Maracanazo?

Em 1950 o Brasil chorou. A festa estava armada, mas nossos guerreiros não conseguiram suportar a celeste olímpica. Cerca de 200 mil pessoas estavam no Maracanã acompanhando o último jogo do quadrangular final da Copa do Mundo. O jogo definia o campeão mundial. Nos últimos minutos o Brasil sofreu um gol, o empate bastava para nossa seleção, mas perdemos por 2x1.

Quem estava no estádio naquela ocasião menciona até hoje que o silêncio que se tomou conta na arquibancada foi enorme. Jô Soares relatou no livro “A copa que não vimos e a que não queremos lembrar”, que aquele foi o momento mais triste que já viveu em um estádio de futebol. Quantas pessoas choraram escutando a pugna no rádio. Milhares de pessoas viram o Maraca se calar pela primeira vez. Li no livro "Almanaque da Copa do Mundo", que Jules Rimet, então presidente da FIFA, ficou com vergonha de dar a Taça ao capitão do Uruguai, tamanha a decepção do povo nas arquibancadas.

Hoje estamos nos aproximando cada vez mais da segunda Copa do Mundo em solo brasileiro. Nossa seleção se encontra na UTI, com atuações pífias, demonstrações raras do bom futebol. Temos bons jogadores, mas não encontramos o caminho certo do time dos sonhos. Neymar, Ganso, Leandro Damião, Lucas, Daniel Alves, ainda não conseguiram mostrar na seleção o que fazem nos clubes. O Sr. Mano Menezes não entendeu que esta ali no cargo da seleção para efetuar uma renovação e continua apostando em medalhões como o Ronaldinho Gaúcho e o Júlio Cesar que são atletas que não vão chegar em plenas condições de servir a seleção na Copa de 2014.

Todo brasileiro é apaixonado por futebol. Até hoje fico triste quando vejo imagens daquele fatídico dia em que perdemos a Copa em casa. Na atual conjuntura nacional, onde só o esporte é que nos dá alegria, podemos suportar outra dor de perder uma Copa em casa? Para mim todas as outras cinco estrelas que temos serão inúteis se não tivermos uma conquistada em campos brasileiros. Mas pelo jeito temos que começar a se acostumar com a ideia de ver o Brasil não ganhar o mundial, pois se o Mano continuar errando do jeito que esta acontecendo, vamos ter a segunda edição do Maracanazo. Eu não vou suportar ver ao vivo a maior tragédia futebolística nacional e você?

22 de fevereiro de 2012

Nós "vamo" invadir

Quem nunca se divertiu vendo alguém invadindo o campo durante uma partida de futebol? Isso não é de hoje, faz tempo que acontece esses lances inusitados no mundo esportivo. Se engana, quem pensa que só o futebol tem o privilégio de ter intrusos correndo e bagunçando a partida.

Na final da última Copa do Mundo, um louco invadiu o campo e tentou colocar um gorro de papai noel na taça FIFA. Teve uma invasão um tanto quanto estranha, não que os peladões de plantão sejam normais. Um italiano, invadiu uma partida entre Juventos e Roma para dar um beijinho no rosto do Totti da equipe romana e muso da esquadra azzurra! Aposto que fez inveja em muitas mulheres.




http://www.youtube.com/watch?v=AQNPtmcAAbA
(Fã dando beijo no Totti)

Nos últimos dias tivemos um peladão invadindo o campo durante o campeonato inglês, ri com algumas meninas comentando a situação no facebook. Logo meu irmão me indagou: Mulher devia entrar pelada também. Respondi que isso já aconteceu, muitos marmanjos adoraram a situação, a senhorita peladona até balançou as redes e olha que foi um golaço.

http://www.youtube.com/watch?v=ZQGn1z3YV48&oref=http%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fresults%3Fsearch_query%3Dmulhr%2Binvade%2Bjogo%2Bda%2Bsele%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Bde%2Bportugal%26oq%3Dmulhr%2Binvade%2Bjogo%2Bda%2Bsele%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Bde%2Bportugal%26aq%3Df%26aqi%3D%26aql%3D%26gs_sm%3D3%26gs_upl%3D106l9006l0l9239l71l38l0l23l0l1l658l1839l5-3l5l0
(Mulher pelada invade e marca gol)

Mas nem sempre são engraçadas as invasões, qual brasileiro que até hoje não fica “Pê da vida” com aquele padre irlandês, que atrapalhou o Wanderlei Cordeiro de Lima durante a maratona das Olimpíadas de Atenas (2004). O brasileiro liderava a prova até o maluco que invadir e jogá-lo em cima da torcida, o bronze do maratonista teve sabor de ouro naqueles jogos.

http://www.youtube.com/watch?v=4CssT76PWaU (Padre prejudica a maratona)

O tal padre irlandês que prejudicou o brasileiro nas olimpíadas é maluco mesmo. Ele já tinha invadido uma corrida de fórmula 1! No grande prêmio de Silverstone, na Inglaterra, atrapalhou todos e obrigou o carro de segurança a entrar na pista. O detalhe é que isso ocorreu em 2003, um ano antes dos Jogos Olímpicos que ele invadiu.

http://www.youtube.com/watch?v=dpesYL9iNRs (O padre prejudica a fórmula-1)

Nem sempre os invasores se dão bem e conseguem escapar da polícia e dos seguranças, nos EUA teve um torcedor empolgado que resolveu invadir uma partida de futebol americano. O resultado foi que ele levou um “tackle” de um jogador, sim o jogador deu um daqueles encontrões no torcedor. Bem feito, né?

http://www.youtube.com/watch?v=BhlQ8MsBvpg
(Jogador derruba o torcedor invasor)

Já vimos cachorro invadir jogo de Copa do Mundo, Garrincha que o diga, ficou lá tentando fazer o bichinho sair do campo. Já tivemos o “Homem Picanha” invadindo de tanguinha um jogo entre Santos e São Paulo , na Vila Belmiro. O mais incrível é que o “Homem Picanha” era torcedor do Santos e não do São Paulo, clube que leva a fama de ser “bambi”. Escrevi o texto para falar das invasões que são em teorias leves, nada de invasão de torcida assim como já vimos muitas vezes no futebol brasileiro e mundial. Vai dizer, quem não gosta de uma pelada, o problema é que tem pessoas que confundem a pelada de futebol, com entrar pelada no futebol. Faz parte do folclore esportivo.

http://www.youtube.com/watch?v=9mIpb4B2b-Q (Melhores invasões de campo)