16 de março de 2010

A criação do estereótipo do país do futebol

Qual é um dos primeiros presentes de um menino? Uma Bola. Mas não uma qualquer, uma de futebol!
Será que quando Charles Miller desembarcou no porto de Santos com uma bola de “football” em cada mão, imaginou que estaria marcando época e criando uma identidade nacional? Querendo ou não, transformou o Brasil no país da bola.
Mas é só por isso que temos essa identidade com o futebol? É por causa do Pelé, Garrincha, Ronaldo, Zico...? Os motivos são simples, pode ser resumido em uma frase: Somos PENTA! Mas temos os melhores jogadores do mundo também, e caí entre nós os piores dirigentes!
Os chineses começaram a mania de chutar um objeto esférico, que no começo era a cabeça de um oponente de algum combate,os ingleses gostaram da mania e inventaram o football, que no Brasil, ganhou ginga, malabarismo, alegria... exuberância.
O tom de mestiçagem dado pelo negro foi fundamental para o estilo de jogo do Brasil, logo o negro que era impedido de participar dos primeiros arranca tocos. O coração da negritude brasileira pode ser encontrada na capoeira, que é uma mistura de artes marciais, música, dança e espiritualidade que veio dos escravos trazidos da África. Esta foco da capoeira esta no corpo e dentro dessa cultura, a chave para a compreensão do marcante estilo do futebol nacional.
O brasileiro é muito bom de drible e melhor ainda de finta – que é o uso do corpo sem usar a bola – é um pouco de capoeira, aí seria uma influência africana. De forma que essa mistura de branco, africano, mestiço, resultou em um verdadeiro bailarino, que é o jogador brasileiro.
Infelizmente hoje vemos um embranquecimento do futebol , o que é muito ruim, do ponto de vista do talento e da manifestação do brasileiro miscigenado.
O velho esporte bretão moldou os pensamentos, as visões e a identidade nacional.Seja pelos triunfos ou pelas atribulações o Brasil se tornou símbolo da Copa do Mundo.
Quem pensa que o futebol é só mais um dentre diversos esportes se engana completamente. O futebol brasileiro é cultura, assim como carnaval, festa junina, caipirinha e feijoada.
Aqui é um país onde a imagem de um garoto de favela que cresce e se torna campeão do mundo continua mais forte. Este é o país onde a esperança pode se transformar em realidade e o sonho de todo jovem jogador de futebol é tornar-se o próximo Pelé. Não existe Brasil sem o futebol, e o futebol não existiria sem o Brasil.

13 de março de 2010

Muita hora nessa calma

Quem nunca ouviu a expressão “devagar se vai ao longe” ?. Um ditado incisivo que condensa a sabedoria da experiência.
Mas nem sempre experiência faz a diferença quando falamos de esporte. Veja o caso do “chapeleiro maluco” vulgo Neymar, que vem aprontando todas no Paulistão 2010. A primeira vítima do garoto do Santos foi o “velho” Rogério Ceni que dançou ao som do Harmonia do Samba com a grande música “é paradinha... inha... inha”, a outra vítima do adolescente de 18 anos foi o zagueiro Chicão do Corinthians, que é somente dez anos mais velho que o jovem abusado, no clássico entre os alvinegros, Neymar aplicou um lençol mágico, encantador... Menos para Chicão que ficou bravo, o motivo da bravura do corinthiano foi pelo fato do jogo estar paralizado. Já na sua última travesura o menino extrapolou, usou como vítima o fraco Naviraiense, que foi na cidade de Santos passear e entrar para história, 10 a zero para os meninos da Vila, e Neymar fazendo um gol de placa, de classe, de Pelé!
Mas precisamos ter muita hora nessa calma, sem pressão no Dunga para levar o garoto pra Copa-10, ele não tá pronto, mas em 2014 vai brilhar muito na seleção!
E calma é o que a torcida brasileira vai precisar ter nesse e muito esse ano, já escutei muitas pessoas criticando o desempenho pífio do Bruno Senna na Fórmula 1. Aí volto pro começo, no caso do Bruno o sobrenome pesa sem ele perceber, o jovem piloto não tem culpa de ser sobrinho de um dos mais – se não o maior- gêniais da história do automobilísmo mundial. A Hispania(escuderia do Senna) teve muitas dificuldades e aprontou o carro em cima da hora do primeiro Grande Prêmio, mas é inevitável não lembrar do tio quando se vê o “novo” Senna, capacete parecido e começando no patinho feio do circo da Fórmula 1 também. Para Bruno a experiência vai ser fundamental, quanto mais kilometragem melhor.
E o fator tempo de vida é de suma importância a todos desportistas,mas muitos crescem somento no vigor físico, caso do Ronaldinho Gaúcho que nem de longe lembra aquele menino, muleque, que já aprontou travessuras vestindo a camisa do tricolor gaúcho. Será que foi pelos dribles e a humilhação que ele fez com o Dunga em um GRE-NAL que o comandante do escrete canarinho não ta nem aí pra ele? Acho que não! O Gaúcho ta no momento fora da lista dos 23 selecionáveis por que pecou quando não devia... foi um muleque como diria o Capitão Nascimento do filme Tropa de Elite.
O que Ronaldinho vive hoje se assemelha ao caso vivido pelo levantador Ricardinho antes do Pan do Rio em 2007, quando a infantilidade o fez perder o único título que ainda não havia conquistado na história do voleibol. E que ficou sem conquistar!
Não devemos atropelar o tempo e dar uma de Nostradamus, é melhor vê quem consegue na hora H (seja um pênalti decisivo; um lance livre no último segundo; uma ultrapassagem arriscada; um saque com match point contra... ) quem vai saber separar os homens dos meninos.