17 de junho de 2009

Memórias de uma Copa não vista

Era 21 de Junho de 1970, eu não tinha nascido, aliás, nem meu pai, o dia da final da Copa do Mundo do México, em campo as duas seleções mais brilhantes do torneio, Brasil e Itália, e as duas eram bi campeãs do mundial, ou seja, a vitória daria ao campeão a Taça Jules Rimet.
Garante a mitologia que a Taça, representação escultural de uma deusa, a Vitória Alada, sempre odiou permanecer em mãos inadequadas, coitada sofrera muito de 66 à 70, quando ficou injustamente nas mãos dos Ingleses.
Na nona edição do mundial da FIFA, todas as seleções que já haviam erguido a taça mais cobiçada do mundo do futebol estavam presentes, e a mesma havia descoberto uma maneira de não perambular mais através do planeta. No México ela encontraria um dono eterno, um lar propício para seu repouso permanente. Quem erguesse pela terceira vez a Jules Rimet se tornaria o dono da Taça, coube a ironia em colocar três escretes bi campeões nas semi finais... Brasil, Itália e Uruguai.
E coube as duas seleções mais brilhantes, como citei, brigarem por ela no Estádio Azteca diante de 107.000 mil privilegiados espectadores.
Impossível nenhum brasileiro, mesmo que não goste de futebol, não se recordar daquela magnífica final, o prélio mais mágico da Copa do México, mesmo que esse recordar fique nas imagens mostradas na TV.
Domingo após 39 anos do tri mundial conquistado em cima da azurra, Brasil e Itália se encontram de novo, no mesmo 21 de Junho, só que na África do Sul pela Copa das Confederações. Não veremos Pelé, Gerson, Rivellino, Clodoaldo e Tostão, muito menos os craques italianos Mazzolla, Luigi Riva e Bertini.
Em campo vai estar Robinho, Kaká, Pirlo, Buffon e toda as recordações daquele 21 de Junho de 1970. E a Taça Jules Rimet naquele dia encontrou seu lar eterno, pela modernidade, pela elegância, pela alegria em jogar futebol, por Pelé, ela decidiu descansar no Brasil.
Mesmo que tinha sido roubada e derretida, o espírito da Deusa Vitória Alada ainda paira sobre nossa seleção, e com a ajuda dela nosso escrete, que não chega aos pés daquele de 70, vai superar os atuais detentores do título mundial da FIFA, e quem sabe em 2010 eles não se encontram novamente em campos africanos para disputar a quarta final entre a seleção canarinha e a azurra, quarta por que aquele jogo no Estádio Sarria na Copa de 82 foi uma final antecipada. Que raiva temos de Paolo Rossi, mas a raiva deles é maior por terem tirado o mais belo futebol da Copa de 82. Seria instigante ver novamente uma final entre as duas grandes potências do futebol, enquanto isso ficamos com esse jogo da Copa das Confederações, que não faltará emoção, pois em campo teremos nove títulos mundias...
Quem vai triunfar é impossível dizer, mas para os supersticiosos como o tetra campeão mundial Zagallo, Brasil e Itália tem treze letras!

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