27 de fevereiro de 2010

O Milagre de Berna: Adeus Hungria, viva a pragmática Alemanha!

Os Mágicos Magiares, ou melhor, a lendária seleção da Hungria na década de 50, ficou invicta por incrivéis 32 jogos, recorde entre seleções até hoje.
Mas tudo que é bom chega ao fim, e chegou ao fim a invencibilidade justamente na final da Copa do Mundo da Suíça em 1954, quando os Aranycsapat – Os poderosos Magiares em hungáro – perderam por 3x2 para a “nova” Alemanha.
A incrível seleção de puskas e companhia ilimitada ganhou quase tudo na década de 50: Ouro olímpico (que o Brasil ainda não tem). E conseguiu feito inimagináveis, como golear a seleção inglesa dentro do segundo mais importante templo do futebol mundial(pois o maior templo é o nosso Maracanã) Wembley, por fantásticos 6x3, e não foi só no ano da Copa de 1954 foi marcada uma revanche que nunca devia ter ocorrido, outra lavada... 7x1, dessa vez jogando na Hungria.
Os pré-candidatos ao título chegaram ao mundial emplogados com o longo tempo de invencibilidade, e as únicas seleções que podiam ofertar perigo aos atuais campeões olimpícos seriam Brasil e Uruguai que era atual campeão mundial.
Como esperado o escrete hungáro se desvincilhou sem dificuldade dos seus adversários... Inclusive derrotando a Alemanha Ocidental por meros 8 a 3 – tudo bem, os alemães se pouparam e perderam de proposito com medo de enfrentar o Brasil.
Se os alemães tinham medo do agora Brasil, que jogava sua primeira Copa de amarelo, os hungáros não tinham. E a Batalha de Berna como ficou conhecida aquela , pugna das quartas de final, foi um dos grandes jogos do mundial, num campo enlameado pela chuva a Hungriavenceu fácil o Brasil por 4 tentos à 2, num dos jogos mais vilentos da história dos mundiais. A semi-final foi contra os atuais detentores da Jules Rimet, e a Alemanha pegava as babas do outro lado da chave. Diante do Uruguai já se viu um time da Hungria beirando a morte física, e o campo pesado só dificultava ainda mais, mas no final veio outro 4 a 2, sendo que a vitoria só veio na prorrogação após a igualdade de 2 scores nos 90 minutos. Enqunato isso no St Jakob – Park na Basiléia a Alemanha brincava de jogar futebol, humilhando os anfitriões por 6 a 1.
Era 4 de Julho, o dia da seleção hungára se imortalizar, e colocar nomes como Puskas – que machucado , quase não jogou na Copa- , Hidegkuti, Kocsis entre outros. Mas para a ironia da torcida que lotou o Wankdorf Park, os novos deuses do futebol seriam frios.
Mesmo machucao Puskas foi pro jogo, e valeu a pena, logo aos 6 da primeira etapa abriu o placar para os Magiar, aos oito Czibor marcou o segundo... Pronto lá vem outra goleada! Pura ironia. Dois minutos após o segundo gol do “Time de ouro” a maré começou a virar e Marlock diminuiu para os alemães ocidentais, e Rahn aos 19 minutos deixou todos abismados empatando a partida. Nunhum jogo que a Hungria começou vencendo terminou sem a vitória, mas para tudo se tem uma primeira vez.
No segundo tempo os duros jogos da Hungria, e os tranquilos jogos da Alemanha, nas fases de quartas e semi, fizeram a diferença. A Hungria ficou irreconhecível, errando passes, tabelas, chutes... e aos seis minutos do fim o Milagre a conteceu, após um corte ruim da zaga dos Magiar, Rahn chutou firme... e ... acabou com a invencibilidadde hungára, decretando assim o primeiro mundial germânico e o bi-vice hungáro (1938-1954). Sem show a pragmática e eficiente Alemanha ficou com a Jules Rimet.
Foi a segunda final seguida que o público não acreditava no que via, depois do Maracanazo e do Milagre de Berna, favoritismo em Copa do Mundo virou apenas sinônimo de medo.

Um comentário:

  1. E o detalhe, Danilo, é que depois desse time de 1954 não houve mais nenhum time húngaro que poderia fazer frente a qualquer equipe em uma Copa do Mundo.
    Tinha aquele jogador do Benfica que estava despontando, o Miklos Fehrer, mas ele acabou morrendo de um ataque cardíaco.
    Vai demorar para a Hungria voltar a ter aquele futebol envolvente de outros carnavais.
    Mto legal o blog e mto bacana a coluna. Parabéns! Sempre que eu puder dou uma passada por aqui.
    Fico no aguardo da tua visita no meu humilde blog.

    Um abraço
    Cássio Bida

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