8 de setembro de 2010

O resgate do orgulho do basquete nacional



Um elenco com a melhor safra de jogadores dos últimos tempos, tentando apagar a decepção do último mundial, mas que acaba voltando mais cedo para casa. Pode ser o enredo de um filme sobre a participação brasileira no mundial da Copa do Mundo de futebol na África do Sul, mas não! Esse é o enredo da participação brasileira no mundial de basquete disputado na Turquia. Ambos são parecidos em alguns pontos e diferentes em vários outros. Vamos falar dos diferentes, pois os únicos pontos em comum foram os elementos da narrativa.

Comandada pelo argentino Rubén Magnano, a seleção brasileira conseguiu reunir talvez o melhor time de basquete dos últimos tempos do país, chego a dizer que essa foi a melhor seleção depois da geração de Oscar e companhia. Vários problemas apareceram no caminho do time brasileiro, como o corte por lesão do pivô Nenê, que joga no Denver Nuggets da NBA.

Mesmo sem Nenê a seleção continuava forte, contando com grandes jogadores, tais como Leandrinho, Spliter, Huertas e Varejão. O Brasil mostrou para o mundo nesse mundial que ainda pode voltar a ser um dos grandes do basquete.

O jogo contra a “equipe B” dos EUA mostrou que o Brasil podia almejar algo grande no mundial, a derrota por dois pontos de diferença fez o povo brasileiro sentir novamente orgulho do tão injustamente desmerecido basquetebol. Tudo bem que caímos nas oitavas de final diante da forte Argentina, de um inspirado Luis Scola cestinha da partida com 39 pontos. Mas o Brasil lutou até o fim, foi guerreiro, vibrante, nada parecido com o apático time de Dunga no mundial de futebol. Rubén Magnano resgatou o orgulho nacional pelo basquete, resgatou nos jogadores o orgulho de servir a seleção.

Nunca achei que um argentino fosse fazer tão bem para o Brasil, esta certo que não conseguimos o tão sonhado tricampeonato mundial de basquete... É isso mesmo, TRI! Muitos não sabem, mas o Brasil ganhou os mundiais de 59 e 63, só que o campeonato mais lembrado é sem dúvida o épico Pan de Indianápolis de 87.

Para aqueles que só sabem criticar, o Brasil foi muito além das expectativas de muitos críticos, Magnano assumiu o Brasil a pouco mais de três meses e o objetivo não era pegar um pódio no mundial, o real objetivo é levar o basquete brasileiro novamente as olimpíadas, e preparar um time forte para 2016, prova disso é que o armador Raulzinho de apenas 18 anos fez parte do grupo que disputou o mundial na Turquia.

O único ponto que me deixou triste, foi que o armador Marcelinho Machado disputou seu último mundial, e que mundial, o melhor da carreira dele, jogou muito e foi decisivo para o Brasil, sempre saindo do banco e fazendo a diferença... ele mais do que todos merecia uma medalha,com 35 anos dificilmente ira disputar outro grande torneio vestindo as cores do Brasil. Mas quem sabe?! Afinal Londres-2012 é logo ali.

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