20 de abril de 2011

A invenção que pauta a vida


Tic-tac... Tic-tac...Tic-tac… Tic-tac…Tic-tac…Tic-tac…

É hora de acordar, de sair, de lanchar… qualquer hora é hora de olhar no relógio e ver que horas são. Seja o relógio do celular, do pulso ou do “vizinho” sentado ao seu lado no ônibus.

Nos primórdios a vida era pautada pelos “deuses” e suas estações do ano (mesmo que não existisse esse termo ainda), era o calor ou o frio que decidia os passos a serem tomados pelo Homo neanderthalensis, e nossa espécie durante milhões de anos.

Os primeiros relógios - ou horológios, em um português mais antigo - que se tem conhecimento são os ‘relógios de sol’, desde os remotos tempos os egípcios e babilônicos observaram que dependendo da posição, o Sol fomava uma sombra diferente nos objetos. Ao fazer essas observações, perceberam que, ao passar do dia, o tamanho desta sombra ficava maior ou menor. O homem primitivo primeiramente usou sua própria sombra para marcar as horas, depois descobriu que uma simples vareta fincada no chão faria o serviço, estava criado aí o pai dos relógios, o relógio de sol ou gnômon. “O relógio de sol é bem fácil de fazer, basta pegar uma vareta e colocar na grama, é muito legal acompanhar as horas pelo Sol”, afirma o astrólogo Cláudio Aramoto. Assim como este relógio primitivo, a ampulheta é um dos mais conhecidos e antigos do mundo. “Quem nunca viu um filme onde uma ampulheta determinava o tempo que o mocinho tinha para salvar a mocinha?”, discorre a estudante de Psicologia Adriana Garambelli.

Em 797, o califa de Bagdá presenteou Carlos Magno com um relógio mecânico que saia um passáro para anunciar as horas... Cuco... Cuco! Isso mostra que é provável que os asiáticos tenham inventado os primeiros relógios mecânicos. O arcebispo de Verona, chamado Pacífico , em 850 da nossa era, construiu o primeiro relógio mecânico baseado em engrenagens e pesos. “A construção do relógio mecânico é recheada de controvérsias, uns dizem que foi feito na Ásia, outros que foi um arcebispo de Verona, na Itália, mas o que consta registrado nos livros é que o primeiro relógio mecânico foi feito pelo Papa Silvestre que é considerado o inventor do relógio”, informa a historiadora Tamyres da Cunha, especialista em assuntos da antiguidade humana.

O relógio mais charmoso de todos foi sem dúvida o de bolso, sua engenhocas ajudaram e muito no desenvolvimento dos futuros relógios. Os relógios de bolso eram muito raros e tidos como verdadeiras jóias, vistos como símbolo da alta aristocracia. Mas para algumas pessoas, como o ‘brasuca’ Santos Dumont, o relógio de bolso era ruim: imagina um piloto de avião tendo que retirar um relógio do bolso de sua calça para verificar se o voo está no horário. Pois é, hoje temos o relógio analógico, digital, de pulso que ajuda. Mas na época do inventor do avião não existiam essas ‘modernidades’, por isso o brasileiro decidiu inventar, com a ajuda do amigo Louis Carter e do mestre relojoeiro Edmond Jaeger, o relógio de pulso, tudo para ajudar a ver as horas durante os famosos voos de Alberto Santos Dumont. O protótipo foi criado em 1904, nos mesmos moldes que existe hoje em dia.

Para chegar ao que vemos hoje no “mundo dos relógios” tudo se deve à inteligência de uma pessoa não muito conhecida no mundo da física, um tal de Galileu Galilei que, em 1595, descobriu a famosa Lei dos Pêndulos. A partir daí, surge uma enorme variedades de técnicas de registro do tempo. Os relógios deste tipo podem ser pêndulos, quartzo ou cronômetro.Hoje para muitas pessoas o relógio é apenas mais um objeto do dia-a-dia. “Ah, eu uso relógio só porque acho bonito, porque sempre olho as horas no celular”, diz a comerciante Veridiana Tavares.

Por causa da moda de muitas pessoas usarem apenas por enfeite, existe uma tremenda diversidade de relógios, uns mais lindos que os outros, o que deixa os “relógiomaníacos” maravilhados. “Sou viciado em relógio, além de ser prático para ver as horas, existem cada vez mais relógios que se adaptam ao seu estilo de roupa, à sua personalidade”, afirma Antonio Azevedo, dono de uma relojoaria no centro da cidade de Curitiba.“Vivemos uma vida que necessitamos do tempo, acho que se hoje o relógio fosse proibido, ficaríamos loucos”, diz Tereza Joaquina, que mesmo aposentada tem que seguir os horários pautados pelo dia-a-dia, “Tenho a hora certa para tomar meus remédio, de fazer o almoço, mesmo aposentada a vida não para e segue andando junto com os ponteiros do relógio” complementa a aposentada de 71 anos.

Os relógios já fazem parte da história da humanidade, “Eu sinto que falta alguma coisa quando saio sem relógio”, garante a estudante de Design Gabriela Lange. Não faz mais tanta importância para nossas vidas se o tempo é quente ou frio, se faz chuva ou sol, afinal de contas sabemos que, ao olhar as horas e o ponteiro, ou visor digital marcar 18 horas de sexta-feira – seja no Big Ban ou no seu celular - é hora de comemorar o fim da semana e partir para o happy hour com os amigos.

Tic-Tac...Tic-Tac...Tic…Tac…

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