22 de maio de 2011

Pelé, Maradona... Ayrton Senna

Foram poucos dias em Buenos Aires, mas o suficiente para aprender um pouco mais com a cultura deles. Acreditem ou não, são mais apaixonados do que nós pelo futebol! Qualquer lugar que seja, loja, balada, restaurante, a pergunta mais feita pelos argentinos é: Pelé ou Maradona? Como bons brasileiros, respondemos Pelé!

O principal objetivo da viagem junto com os professores e alunos da faculdade era a visitação ao Clarín, mas para mim era conhecer a redação do Olé – maior diário esportivo da Argentina. Eis que dentro do Olé uma simples imagem me fez perceber que eles nos idolatram e sentem uma pontinha de inveja de não serem brasileiros, uma imagem da marcante vitória de Ayrton Senna no GP do Brasil de 1991, onde ficou sem a maioria das marchas do carro e ganhou de forma esplendida.

Pensei: Uma foto do Senna, um simples tricampeão mundial de Fórmula 1, na redação de um jornal argentino que tem como ídolo no automobilismo Juan Manuel Fangio, que é pentacampeão na F-1! É um orgulho imenso para um brasileiro ver aquilo, sem contar a imagem de um drible de Ronaldinho Gaúcho em cima de um jogador da Croácia. Aposto que no Brasil não vamos nunca ver uma imagem do Messi comemorando algum gol estampada na parede de um jornal.

No Brasil não vemos camisas da seleção espalhadas pelas vitrines das lojas esportivas, não estou aqui para falar que a Argentina é modelo a ser seguido, longe disso. Mas o que me impressionou foi o patriotismo deles. Quem visita o estádio do Boca Juniors, logo de cara se depara com uma estatua de Diego Armando Maradona.
Por falar em Boca Juniors, o estádio La Bombonera é coisa de outro mundo, fantástico. Passei cerca de uns cinco minutos sentado só observado a beleza e monstruosidade do lugar, ainda mais sabendo que um dia após a visita teria Boca versus River.

Andando pelo bairro de La Boca rumo a Caminito, encontro um campo de futebol, que assim como no Brasil estava cheio de crianças correndo atrás de uma bola. Vontade de entrar no meio e jogar com os ‘hermaninhos’ não faltou.

Mas o leitor nesse momento deve estar imaginando: “Poxa, o cara vai pra Argentina e volta querendo ser igual a eles!”. Pelo contrário, após a curta estadia na terra do tango, meu orgulho de ser brasileiro só aumentou. Podemos não ser tão patriotas quanto eles, mas o nosso céu tem mais estrelas, cinco ao todo, e enquanto dentro das quatro linhas eles dançam tango, nós sambamos e fazemos gingas que o mundo tem inveja. Só tenho mais certeza ainda que a rivalidade Brasil e Argentina existe em tudo quanto é disputa!

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